quinta-feira, 13 de dezembro de 2012
quinta-feira, 6 de dezembro de 2012
Tamanho ideal do cabo da raquete de tênis
Durante
as aulas de tênis que ministro, vejo que boa parte dos alunos usa o cabo da
raquete com tamanho inadequado. Alguns jogam com o cabo muito fino, enquanto a
maioria joga com o cabo muito grosso.
No
Brasil, as raquetes vêem com a sua respectiva numeração que corresponde ao
tamanho do cabo. Os 3 tipos mais encontrados no mercado são:
- N° 2 - 4 1/4 polegadas.
- N° 3 - 4 3/8 polegadas.
- N° 4 - 4 1/2 polegadas.
Para
saber o tamanho do cabo que corresponde ao tamanho de sua mão, pode-se usar um
simples método para medir o tamanho apropriado. O aluno deve segurar a raquete
com sua mão dominante e deslizar o dedo indicador da outra mão entre as pontas
de seus dedos e a base da palma da mão. Se o grip for muito pequeno, não haverá
espaço para o dedo indicador. Se houver espaço extra, o grip é grande demais.
![]() |
Medida ideal |
![]() |
Pequeno Ideal Grande |
A maior
parte dos homens possui um grip entre 4 3/8 e 4 1/2. Para as mulheres, a
variação é tipicamente entre 4 1/4 e 4 3/8.
A escolha
do tamanho do cabo é de suma importância para o melhor desempenho do aluno. Um cabo muito fino ou muito grosso fará o
aluno apertar mais firmemente a raquete, cansando mais seu braço.
Outro
problema da utilização de cabo muito fino ou grosso demais são os problemas no
cotovelo. Em ambos os casos, o tenista precisa apertar muito o cabo para evitar
que este escorregue de sua mão no momento do contato raquete-bola. Quando a raquete é segurada
fortemente no momento do impacto, porém não em excesso, a magnitude de vibração
da raquete é diminuída, portanto transmite menor vibração ao braço.
Se
possuir uma raquete com um cabo muito fino, pode-se utilizar um tourna-grip
para aumentar a grossura do cabo. Já, se o cabo da raquete for muito grosso,
terá que pedir auxílio de um profissional especializado na área para afinar o
cabo da raquete.
Para que
não aconteçam esses problemas, antes de comprar sua raquete, procure um
professor de tênis para que ele indique o tamanho ideal do cabo. Algumas
pessoas vão direto à loja comprar sua raquete, no entanto, muitos vendedores
não têm especialidade na área e acabam indicando uma raquete inapropriada.
Bom
treino,
Prof°
Jefferson Cabral!
Referências
- Woods k, Woods R. Prática de tênis após os 50. 2010.
terça-feira, 4 de dezembro de 2012
Artigo que escrevi para a revista Tênis do mês de novembro
domingo, 7 de outubro de 2012
Mudança de direção dos golpes da base
Ao assistir partidas de
tênis entre os praticantes do esporte, principalmente os iniciantes, percebo
que há muita indecisão por parte deles no momento de direcionar a bola para o
campo adversário. Eles rebatem bolas cruzadas e paralelas sem nenhum critério. A
escolha correta em direcionar as bolas na paralela ou cruzada tem um valor
muito importante no resultado final de uma partida. Existem alguns critérios para
a escolha correta, como: Qual a probabilidade de acerto de um golpe na paralela
e na cruzada? Qual a finalidade em direcionar a bola para tal lugar?
Inicialmente,
comentarei sobre a altura da rede. A rede é mais alta nas pontas (107,0) e mais
baixa no centro (91,4 cm). Sendo assim, a bola direcionada para a cruzada passa
por uma rede mais baixa, aumentando a margem de acerto em relação à paralela, que
passa por uma rede mais alta (figura 1)
Figura
1
www.tenisproshop.com.br
Agora, quando jogar
contra seu parceiro preste atenção no percurso que a bola faz até o outro lado
da quadra. Comparado com a paralela, a bola direcionada para a cruzada leva um percurso
maior até chegar à linha de base do campo adversário. Com isso, a bola tem mais
tempo para cair e conseqüentemente quicar dentro da quadra. Sendo assim,
pensando em probabilidade de acerto, a bola direcionada para a cruzada é mais
segura (figura 2)
Figura
2
E o que acontece quando
você “atrasa” um golpe? Quando você atrasa um golpe tentando direcionar para a
paralela, sua bola provavelmente sairá pelo corredor. No entanto, quando você
atrasa um golpe tentando direcionar para a cruzada, provavelmente sua bola
cairá no centro da quadra. Isso faz com que o índice de
erros
na paralela seja maior toda vez que atrasar um golpe.
Observação:
O termo atrasar significa fazer o contato da bola atrás do corpo.
Como podemos perceber,
a probabilidade de erros são maiores na paralela quando comparado com a
cruzada. Durante um jogo de tênis, nas trocas de bola do fundo da quadra, 70% a
80% das bolas são direcionadas para a cruzada. Os outros 20% a 30% são
direcionada para a paralela.
A troca de direção para
a paralela, normalmente é efetuada quando o jogador vai para a definição de um
ponto ou para trocar a direção da bola para jogá-la no golpe mais vulnerável do
adversário.
Isso nos faz pensar
que, quando um golpe é bem efetuado na paralela com qualidade, as chances de
ganhar o ponto são maiores. No entanto, ocorrem muitos erros na paralela. Grande
parte desses erros não é ocasionada por falha técnica de um golpe, e sim por
uma decisão errada no momento da execução do golpe. A seguir, comentarei
algumas dicas sobre probabilidade de acertos na cruzada e paralela.
.
Dica
1: Quando o adversário jogar uma bola profunda, a chance
de atrasar a bola já é maior. Se optar por jogar na a bola na paralela, as chances
de erro aumentam ainda mais. Então, com bolas profundas vindas do adversário,
procure devolve-las na cruzada. Quando a bola vier mais curta, você terá mais
tempo, podendo arriscar um golpe na paralela.
Dica
2: Outra bola difícil de ser executa na paralela é as
bolas baixas. Pense, se a rede é mais alta na paralela e a bola do adversário vier
muito baixa, as chances de erro ao arriscar na paralela aumentam. Procure
repassar a bola na cruzada e esperar uma bola mais próxima da linha da cintura.
Portanto, nas trocas de
bola no fundo na quadra, dê preferência para as bolas cruzadas. Procure rebater
essas bolas com boa margem sobre a rede, pois diminuirá ainda mais seu índice
de erros não forçados. Quando for optar pela bola na paralela, espere uma bola
mais adequada para não dar pontos de graça para seu adversário
Maiores
informações
Email: jefferson.jcc@hotmail.com
sexta-feira, 7 de setembro de 2012
Elevação correta da bola no fundamento saque
O saque é um dos fundamentos
mais difíceis de ser executado pelos praticantes de tênis, e o lançamento da
bola, vulgarmente chamado pelos jogadores, é um dos movimentos mais difíceis de
ser executado, principalmente para os iniciantes no esporte (figura 1)
Figura 1 www.esporte.uol.com.br
Antes de falarmos um
pouco mais sobre o assunto, utilizaremos a palavra “elevação” no lugar da
palavra “lançamento”, pois lançamento soa como arremessar a bola, e durante o
saque nos “colocamos” a bola acima da cabeça.
A construção de um bom
toss começa pelo movimento em conjunto dos membros envolvidos. Ombro, cotovelo
e punho precisam estar estabilizados. O cotovelo precisa estar travado. Um erro
muito freqüente cometido pelos alunos é a flexão do cotovelo no momento da elevação
do braço. O punho precisa estar firme, pois movimentos com o punho fazem a bola
girar no ar, dificultando o domínio sobre o ponto ideal da colocação da bola.
Muitas vezes, esse movimento giratório da bola ocorre pelo fato de o aluno segurá-la
com a palma da mão, sendo assim, a bola deve ser segurada com a ponta dos
dedos. Já prestou atenção se no momento que você esta sacando sua bola gira no
ar?
Com o total domínio
sobre a bola, chega o momento de colocar ela em determinado ponto. Mas, pra
onde direcionar a bola? Que altura jogá-la? Sugiro que, principalmente para
iniciantes no esporte, a colocação da bola deve ser feita do lado direito do
jogador, logo à frente (para destros).
Dica:
Coloque sua raquete no chão, com o cabo
apontado para o seu pé esquerdo (para destros) e a cabeça da raquete apontada
para o postinho direito da quadra. “Eleve” a bola a cima da cabeça como se
fosse realizar um saque e tente fazer a bola cair sobre as cordas da raquete. Se
fizer corretamente, a bola cairá exatamente do seu lado direito um pouco á
frente.
Com relação à altura da
bola, sugiro que a elevação seja feito a uma altura que coincida com a extensão
máxima do membro dominante (que empunha a raquete). A bola deve estar em
velocidade 0 (parada no ar) no momento do contato. Muitos jogadores fazem força
e acabam “lançando” a bola muito alta. Isso dificulta o ritmo do saque, além de
rebater uma bola descendo.
Mais informações:
Email: jefferson.jcc@hotmail.com
Referências
1. Treuherz
RM, Cornejo A. Tênis - Tecnicas e táticas de jogo, 1 ed, São Paulo: Alaude,
2006.
segunda-feira, 23 de julho de 2012
Controle adequado da pressão arterial de praticantes de tênis hipertensos
A procura
pela prática de tênis é cada vez maior por parte da população, principalmente
aqueles que visam à melhora da qualidade de vida, bem como prevenir e controlar
as doenças adquiridas durante a vida.
Dentre a
população praticante de tênis, grande parte possui alguma doença, sendo a
hipertensão uma das mais prevalentes. Ela é considerada um dos principais
fatores de risco para o desencadeamento do acidente vascular cerebral (AVC) e
do infarto agudo do miocárdio (IAM).
Atualmente,
o tratamento através do esporte é uma das medidas não medicamentosas mais
recomendas pelos médicos para controlar a evolução da doença. No entanto, não
basta apenas entrar em quadra e jogar, existem alguns cuidados básicos antes de
iniciar a prática do esporte.
É de suma
importância estar devidamente medicado. Fisiologicamente, durante a prática de
tênis a pressão arterial se eleva de acordo com a intensidade1. Como
o indivíduo hipertenso sem medicamento já tem a pressão arterial de repouso
elevada, durante o exercício ela vai acabar aumentando ainda mais, podendo
acarretar em algum problema mais grave. Por esse motivo, se por algum motivo
não tomou o medicamento, não é recomendando praticar tênis. A tabela 1
apresenta a classificação diagnóstica da pressão arterial (acima de 18 anos de
idade) segundo as V Diretriz Brasileiras de Hipertensão Arterial2.
Tabela 1.
Classificação diagnóstica da hipertensão arterial
Fonte: V Diretrizes Brasileiras
de Hipertensão Arterial, 2006
Outro cuidado importante é com os exageros em
quadra, principalmente com os treinos muito intensos. Treinos de alta
intensidade elevam a pressão arterial ainda mais, e todo cuidado é sempre bem
vindo. Algumas precauções como evitar correr em bolas desnecessárias que estão
muito longe do alcance, parar por alguns minutos quando os batimentos do
coração estiverem muito acelerado e dar uma pausa para
respirar após um ponto muito longo podem ajudar a controlar a intensidade
durante os treinos.
Maiores informações:
Email: jefferson.jcc@hotmail.com
Referências
1. Negrão
CE, Barreto AC. Cardiologia do exercício. Do atleta ao cardiopata; 3° edição,
2011.
2. V
Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial, 2006.
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