domingo, 7 de outubro de 2012

Mudança de direção dos golpes da base

Ao assistir partidas de tênis entre os praticantes do esporte, principalmente os iniciantes, percebo que há muita indecisão por parte deles no momento de direcionar a bola para o campo adversário. Eles rebatem bolas cruzadas e paralelas sem nenhum critério. A escolha correta em direcionar as bolas na paralela ou cruzada tem um valor muito importante no resultado final de uma partida. Existem alguns critérios para a escolha correta, como: Qual a probabilidade de acerto de um golpe na paralela e na cruzada? Qual a finalidade em direcionar a bola para tal lugar?


Inicialmente, comentarei sobre a altura da rede. A rede é mais alta nas pontas (107,0) e mais baixa no centro (91,4 cm). Sendo assim, a bola direcionada para a cruzada passa por uma rede mais baixa, aumentando a margem de acerto em relação à paralela, que passa por uma rede mais alta (figura 1)

Figura 1
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Agora, quando jogar contra seu parceiro preste atenção no percurso que a bola faz até o outro lado da quadra. Comparado com a paralela, a bola direcionada para a cruzada leva um percurso maior até chegar à linha de base do campo adversário. Com isso, a bola tem mais tempo para cair e conseqüentemente quicar dentro da quadra. Sendo assim, pensando em probabilidade de acerto, a bola direcionada para a cruzada é mais segura (figura 2)

Figura 2

E o que acontece quando você “atrasa” um golpe? Quando você atrasa um golpe tentando direcionar para a paralela, sua bola provavelmente sairá pelo corredor. No entanto, quando você atrasa um golpe tentando direcionar para a cruzada, provavelmente sua bola cairá no centro da quadra. Isso faz com que o índice de
erros na paralela seja maior toda vez que atrasar um golpe.
Observação: O termo atrasar significa fazer o contato da bola atrás do corpo.

Como podemos perceber, a probabilidade de erros são maiores na paralela quando comparado com a cruzada. Durante um jogo de tênis, nas trocas de bola do fundo da quadra, 70% a 80% das bolas são direcionadas para a cruzada. Os outros 20% a 30% são direcionada para a paralela.

A troca de direção para a paralela, normalmente é efetuada quando o jogador vai para a definição de um ponto ou para trocar a direção da bola para jogá-la no golpe mais vulnerável do adversário.

Isso nos faz pensar que, quando um golpe é bem efetuado na paralela com qualidade, as chances de ganhar o ponto são maiores. No entanto, ocorrem muitos erros na paralela. Grande parte desses erros não é ocasionada por falha técnica de um golpe, e sim por uma decisão errada no momento da execução do golpe. A seguir, comentarei algumas dicas sobre probabilidade de acertos na cruzada e paralela.
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Dica 1: Quando o adversário jogar uma bola profunda, a chance de atrasar a bola já é maior. Se optar por jogar na a bola na paralela, as chances de erro aumentam ainda mais. Então, com bolas profundas vindas do adversário, procure devolve-las na cruzada. Quando a bola vier mais curta, você terá mais tempo, podendo arriscar um golpe na paralela.

Dica 2: Outra bola difícil de ser executa na paralela é as bolas baixas. Pense, se a rede é mais alta na paralela e a bola do adversário vier muito baixa, as chances de erro ao arriscar na paralela aumentam. Procure repassar a bola na cruzada e esperar uma bola mais próxima da linha da cintura.

Portanto, nas trocas de bola no fundo na quadra, dê preferência para as bolas cruzadas. Procure rebater essas bolas com boa margem sobre a rede, pois diminuirá ainda mais seu índice de erros não forçados. Quando for optar pela bola na paralela, espere uma bola mais adequada para não dar pontos de graça para seu adversário

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sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Elevação correta da bola no fundamento saque

O saque é um dos fundamentos mais difíceis de ser executado pelos praticantes de tênis, e o lançamento da bola, vulgarmente chamado pelos jogadores, é um dos movimentos mais difíceis de ser executado, principalmente para os iniciantes no esporte (figura 1)

                                Figura 1                                                   www.esporte.uol.com.br

Antes de falarmos um pouco mais sobre o assunto, utilizaremos a palavra “elevação” no lugar da palavra “lançamento”, pois lançamento soa como arremessar a bola, e durante o saque nos “colocamos” a bola acima da cabeça.
A construção de um bom toss começa pelo movimento em conjunto dos membros envolvidos. Ombro, cotovelo e punho precisam estar estabilizados. O cotovelo precisa estar travado. Um erro muito freqüente cometido pelos alunos é a flexão do cotovelo no momento da elevação do braço. O punho precisa estar firme, pois movimentos com o punho fazem a bola girar no ar, dificultando o domínio sobre o ponto ideal da colocação da bola. Muitas vezes, esse movimento giratório da bola ocorre pelo fato de o aluno segurá-la com a palma da mão, sendo assim, a bola deve ser segurada com a ponta dos dedos. Já prestou atenção se no momento que você esta sacando sua bola gira no ar?
Com o total domínio sobre a bola, chega o momento de colocar ela em determinado ponto. Mas, pra onde direcionar a bola? Que altura jogá-la? Sugiro que, principalmente para iniciantes no esporte, a colocação da bola deve ser feita do lado direito do jogador, logo à frente (para destros).

Dica:
Coloque sua raquete no chão, com o cabo apontado para o seu pé esquerdo (para destros) e a cabeça da raquete apontada para o postinho direito da quadra. “Eleve” a bola a cima da cabeça como se fosse realizar um saque e tente fazer a bola cair sobre as cordas da raquete. Se fizer corretamente, a bola cairá exatamente do seu lado direito um pouco á frente.

Com relação à altura da bola, sugiro que a elevação seja feito a uma altura que coincida com a extensão máxima do membro dominante (que empunha a raquete). A bola deve estar em velocidade 0 (parada no ar) no momento do contato. Muitos jogadores fazem força e acabam “lançando” a bola muito alta. Isso dificulta o ritmo do saque, além de rebater uma bola descendo.

Mais informações:
Email: jefferson.jcc@hotmail.com

Referências


1.      Treuherz RM, Cornejo A. Tênis - Tecnicas e táticas de jogo, 1 ed, São Paulo: Alaude, 2006.




Treinamento de tênis personalizado


segunda-feira, 23 de julho de 2012

Controle adequado da pressão arterial de praticantes de tênis hipertensos

A procura pela prática de tênis é cada vez maior por parte da população, principalmente aqueles que visam à melhora da qualidade de vida, bem como prevenir e controlar as doenças adquiridas durante a vida.
Dentre a população praticante de tênis, grande parte possui alguma doença, sendo a hipertensão uma das mais prevalentes. Ela é considerada um dos principais fatores de risco para o desencadeamento do acidente vascular cerebral (AVC) e do infarto agudo do miocárdio (IAM).
Atualmente, o tratamento através do esporte é uma das medidas não medicamentosas mais recomendas pelos médicos para controlar a evolução da doença. No entanto, não basta apenas entrar em quadra e jogar, existem alguns cuidados básicos antes de iniciar a prática do esporte.
É de suma importância estar devidamente medicado. Fisiologicamente, durante a prática de tênis a pressão arterial se eleva de acordo com a intensidade1. Como o indivíduo hipertenso sem medicamento já tem a pressão arterial de repouso elevada, durante o exercício ela vai acabar aumentando ainda mais, podendo acarretar em algum problema mais grave. Por esse motivo, se por algum motivo não tomou o medicamento, não é recomendando praticar tênis. A tabela 1 apresenta a classificação diagnóstica da pressão arterial (acima de 18 anos de idade) segundo as V Diretriz Brasileiras de Hipertensão Arterial2.

                                    Tabela 1. Classificação diagnóstica da hipertensão arterial
                                    Fonte: V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial, 2006

 Outro cuidado importante é com os exageros em quadra, principalmente com os treinos muito intensos. Treinos de alta intensidade elevam a pressão arterial ainda mais, e todo cuidado é sempre bem vindo. Algumas precauções como evitar correr em bolas desnecessárias que estão muito longe do alcance, parar por alguns minutos quando os batimentos do coração estiverem muito acelerado e dar uma pausa para respirar após um ponto muito longo podem ajudar a controlar a intensidade durante os treinos.

Maiores informações:
Email: jefferson.jcc@hotmail.com

Referências
1.     Negrão CE, Barreto AC. Cardiologia do exercício. Do atleta ao cardiopata; 3° edição, 2011.
2.      V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial, 2006.