O treinamento mental é uma
das áreas de maior influência no resultado de uma partida, além de ser uma das
mais difíceis de ser trabalhadas pelo jogador.
Dentre as várias sub-áreas
existentes no treinamento mental, a concentração é um dos recursos com maior
importância durante uma partida.
Quando se usa a concentração
a seu favor, pelo simples gesto do jogador estar concentrado no presente, no
ponto que ele esta jogando no momento, as chances de vencer uma partida
aumentam muito.
No entanto, nossa mente fica
absorvida no mundo dos “se” muito facilmente, como por exemplo: E “se” eu
perder esse game? “Se” o juiz não tivesse roubado a última bola ganharia o
game.
Durante um jogo,
frequentemente o jogador esta concentrado no passado, reclamando do ponto que perdeu
no game anterior, ou da chance que perdeu de quebrar o saque do adversário. Mal
sabe ele que, pelo fato de estar reclamando dos pontos que deixou escapar, provavelmente
também irá perder os próximos, pelo simples motivo de não estar concentrado no
ponto que esta jogando. Fica claro que, não adianta voltar ao passado para
reclamar de acontecimentos vividos, sejam eles bons ou ruins.
De modo similar, quantas
vezes você não esteve no final do primeiro set já pensando no segundo, ou aquele
game que estava 40 a 0 a seu favor, mas seu pensamento já estava no game
seguinte, e quando percebeu, aquele game que estava 40 a 0 foi para 40 a 40
rapidamente. Essa dispersão para o futuro faz levar muitos jogadores a viradas por
estar concentrado nos pontos seguintes, sem ter ganho o principal, que é o
ponto que está acontecendo no momento.
Pode-se perceber que, conseguindo
manter a concentração no presente, e focalizar a percepção no agora, o
desempenho durante os jogos serão consideravelmente melhores. Através do
treinamento da concentração, esses objetivos podem ser alcançados em pouco
tempo. Pense sempre no presente, ponto a ponto. Esqueça o que aconteceu ou o
que você acha que vai acontecer durante o jogo e jogue cada ponto como se fosse
o último.
Bom
treino,
Jefferson
Cabral.
Referências
1.
Gallwey WT; O jogo interior de tênis; 1996