domingo, 14 de abril de 2013

A importância do reforço muscular no antebraço para jogadores de tênis de campo


        Se compararmos dados entre o número de pessoas que começam a jogar tênis e o número de desistências dessas pessoas que entraram, provavelmente teríamos um número muito pequeno de desistência. Isso consta que as pessoas perduram durante muitos anos praticando tênis. Conseqüentemente, a evolução do aluno é nítida, devido à melhora da coordenação motora, além de aumento na resistência e força muscular dos músculos trabalhados, gerando cada vez mais potência nos golpes. No entanto, conforme seus golpes vão ficando mais coordenados, rápidos e fortes, a sobrecarga sobre essa musculatura acaba aumentando progressivamente. Essa sobrecarga gera um aumento na possibilidade de inflamações nas regiões do corpo mais trabalhadas no tênis.
          Uma das áreas mais trabalhadas é o antebraço. Ele tem participação direta em todos os golpes do tênis. Uma sobrecarga dessa área, devido a um número excessivo de repetições dos golpes e por realização de movimentos incorretos, faz aumentar a possibilidade de tendinite no cotovelo, o famoso tennis-elbow, além de perda de potência nos golpes. Além disso, como o tênis de campo é um esporte unilateral, isto é, utiliza-se mais um lado do corpo que o outro, existe um desequilíbrio muscular entre os dois antebraços.
      Para prevenir essas possíveis desordens, o treinamento com pesos (treinamento resistido) deve ser realizado em conjunto com as aulas de tênis. A aderência pelo fortalecimento por parte dos jogadores é muito pequena, e quando existe algum jogador que faz fortalecimento, muitas vezes eles dão preferência para outros grupos musculares e esquecem do antebraço. Apenas 10 minutos já são suficientes para trabalhar a musculatura do antebraço. Mesmo não estando em uma academia de musculação, pode-se treinar em casa ou antes da aula de tênis. Um peso em cada mão e um pouco de vontade e dedicação, já é suficiente para você treinar.
             A seguir segue 2 exercícios básicos para trabalhar os músculos do antebraço.


                                                   personalmarcel.blogspot.com.br

       Como podemos ver, se dedicarmos 10 minutos, 2 vezes por semana para fazer esses dois exercícios, pode-se prevenir possíveis lesões decorrentes do treino, além de ganhar resistência muscular localizada. Uma sugestão de treino é realizar 3 séries de 12 a 15 repetições para cada exercício. Se não estiver em um local com pesos, use a criatividade. Pegue algum objeto com um peso coerente e faça o mesmo movimento, como se estivesse segurando a barra.
      Esses exercícios são básicos, dedicados principalmente a jogadores que não fazem nenhum tipo de fortalecimento. Se puder, procure a orientação de um profissional de educação física especializado na área e faça um treino mais completo.

Bom treino,
Jefferson Cabral!!

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Play and Stay

    Há algum tempo, esta difundido nas quadras de tênis de todo o mundo uma nova metodologia de ensino do tênis de campo para crianças. O programa denominado Play and Stay, que significa jogar e ficar, tem como principal objetivo facilitar o aprendizado das crianças através de materiais adaptados.
        As bolas utilizadas têm pouca pressão, e elas acabam ficando mais lentas e com o quick mais baixo. Isso facilita as trocas de bola durante os pontos, além de as crianças terem mais tempo para realizar os movimentos. No entanto, penso que o fator mais importante é a altura do quick da bola. Essas bolas quicam mais baixas, consequentemente as crianças rebatem bolas mais baixas, muitas delas na altura da cintura, o que aprimora muito o movimento tão lembrado pelos professores de tênis, “de baixo para cima”. Se as crianças treinassem com bolas normais, a maioria das bolas chegariam na altura da cabeça da criança, e os movimentos acabariam sendo realizados quase sempre de cima para baixo, que não é recomendado se pensarmos no padrão de movimentos dos golpes da base.
     A altura da rede e o tamanho da quadra também são adaptados. As redes são mais baixas, facilitando a passagem da bola para o outro lado. As quadras são reduzidas com demarcações, como fitas e faixas, melhorando o controle sobre a bola. Os jogos com espaço menor e rede mais baixa aumentam o número de trocas de bola, tornando os jogos mais empolgantes.
     Como podemos perceber, o grande foco dessa metodologia é estimular as crianças a participar de jogos desde o primeiro dia de aula, diferentemente da abordagem clássica, que foca na repetição para o refinamento da técnica, tornando o treino frequentemente desmotivante.
        Quando a criança chega para fazer a primeira aula, a primeira pergunta que um ela faz é: Quando vamos jogar tio? Utilizando o método Play e Stay não vamos mais precisar falar para nossos alunos, “você precisa crescer um pouco mais pra poder jogar pontos”. Ao invés disso você o incentivará a jogar desde o primeiro momento, estimulando várias qualidades em conjunto, que são as qualidades físicas, técnicas, táticas, psicológicas e sociais, acelerando o processo de aprendizagem da criança. Em apenas uma aula de tênis, podemos aprimorar vários aspectos que norteiam o jogo de tênis, dentre eles:
·         Contagem dos pontos;
·         Posicionamento em quadra;
·         Táticas básicas do jogo;
·         Tomada de decisão;
·         Fundamentos básicos;
·         Concentração.
       Com esse repertório de estímulos trabalhados em conjunto, futuramente podemos formar jogadores muito mais desenvolvidos, aumentando o número de jogadores brigando pelas primeiras posições contra os melhores jogadores do mundo
        Abaixo, o link da página da confederação brasileira de tênis que mostra os materiais utilizados de acordo com a idade das crianças:

http://cbtenis.uol.com.br/site.aspx/Tennis10s

Bom treino,
Jefferson Cabral




sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

O mundo da concentração durante as partidas de tênis


     O treinamento mental é uma das áreas de maior influência no resultado de uma partida, além de ser uma das mais difíceis de ser trabalhadas pelo jogador.
     Dentre as várias sub-áreas existentes no treinamento mental, a concentração é um dos recursos com maior importância durante uma partida.
   Quando se usa a concentração a seu favor, pelo simples gesto do jogador estar concentrado no presente, no ponto que ele esta jogando no momento, as chances de vencer uma partida aumentam muito.
     No entanto, nossa mente fica absorvida no mundo dos “se” muito facilmente, como por exemplo: E “se” eu perder esse game? “Se” o juiz não tivesse roubado a última bola ganharia o game.
       Durante um jogo, frequentemente o jogador esta concentrado no passado, reclamando do ponto que perdeu no game anterior, ou da chance que perdeu de quebrar o saque do adversário. Mal sabe ele que, pelo fato de estar reclamando dos pontos que deixou escapar, provavelmente também irá perder os próximos, pelo simples motivo de não estar concentrado no ponto que esta jogando. Fica claro que, não adianta voltar ao passado para reclamar de acontecimentos vividos, sejam eles bons ou ruins.
      De modo similar, quantas vezes você não esteve no final do primeiro set já pensando no segundo, ou aquele game que estava 40 a 0 a seu favor, mas seu pensamento já estava no game seguinte, e quando percebeu, aquele game que estava 40 a 0 foi para 40 a 40 rapidamente. Essa dispersão para o futuro faz levar muitos jogadores a viradas por estar concentrado nos pontos seguintes, sem ter ganho o principal, que é o ponto que está acontecendo no momento.
    Pode-se perceber que, conseguindo manter a concentração no presente, e focalizar a percepção no agora, o desempenho durante os jogos serão consideravelmente melhores. Através do treinamento da concentração, esses objetivos podem ser alcançados em pouco tempo. Pense sempre no presente, ponto a ponto. Esqueça o que aconteceu ou o que você acha que vai acontecer durante o jogo e jogue cada ponto como se fosse o último.

Bom treino,
Jefferson Cabral.


Referências

1.    Gallwey WT; O jogo interior de tênis; 1996

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Tamanho ideal do cabo da raquete de tênis


      Durante as aulas de tênis que ministro, vejo que boa parte dos alunos usa o cabo da raquete com tamanho inadequado. Alguns jogam com o cabo muito fino, enquanto a maioria joga com o cabo muito grosso.
    No Brasil, as raquetes vêem com a sua respectiva numeração que corresponde ao tamanho do cabo. Os 3 tipos mais encontrados no mercado são:
  •         N° 2 - 4 1/4 polegadas.
  •         N° 3 - 4 3/8 polegadas.
  •         N° 4 - 4 1/2 polegadas.
     Para saber o tamanho do cabo que corresponde ao tamanho de sua mão, pode-se usar um simples método para medir o tamanho apropriado. O aluno deve segurar a raquete com sua mão dominante e deslizar o dedo indicador da outra mão entre as pontas de seus dedos e a base da palma da mão. Se o grip for muito pequeno, não haverá espaço para o dedo indicador. Se houver espaço extra, o grip é grande demais.
Medida ideal



 Pequeno                  Ideal                   Grande

       A maior parte dos homens possui um grip entre 4 3/8 e 4 1/2. Para as mulheres, a variação é tipicamente entre 4 1/4 e 4 3/8.
      A escolha do tamanho do cabo é de suma importância para o melhor desempenho do aluno.  Um cabo muito fino ou muito grosso fará o aluno apertar mais firmemente a raquete, cansando mais seu braço.
    Outro problema da utilização de cabo muito fino ou grosso demais são os problemas no cotovelo. Em ambos os casos, o tenista precisa apertar muito o cabo para evitar que este escorregue de sua mão no momento do contato raquete-bola. Quando a raquete é segurada fortemente no momento do impacto, porém não em excesso, a magnitude de vibração da raquete é diminuída, portanto transmite menor vibração ao braço.
        Se possuir uma raquete com um cabo muito fino, pode-se utilizar um tourna-grip para aumentar a grossura do cabo. Já, se o cabo da raquete for muito grosso, terá que pedir auxílio de um profissional especializado na área para afinar o cabo da raquete.
     Para que não aconteçam esses problemas, antes de comprar sua raquete, procure um professor de tênis para que ele indique o tamanho ideal do cabo. Algumas pessoas vão direto à loja comprar sua raquete, no entanto, muitos vendedores não têm especialidade na área e acabam indicando uma raquete inapropriada.

Bom treino,
Prof° Jefferson Cabral!

Referências
  1. Woods k, Woods R. Prática de tênis após os 50. 2010.




terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Artigo que escrevi para a revista Tênis do mês de novembro

Galera, olhem o artigo que escrevi para a revista Tênis do mês de novembro sobre treinamento de tênis para hipertensos.

Prof° Jefferson Cabral!