sábado, 3 de agosto de 2013

Backhand com uma ou duas mãos, qual escolher?

       Quando um aluno inicia no tênis, além de aprender todos os fundamentos, é preciso escolher de que maneira quer aprender o backhand (esquerda para os destros). Existem duas formas para realizar o backhand, são elas; com uma mão ou com as duas mãos. Para ajudar na escolha, será comentado as principais vantagens e desvantagens dos dois estilos.
Backhand com uma mão: As principais vantagens desse estilo são a sensação de golpear a bola de uma forma mais “solta”, certa facilidade em golpear com slice e o maior alcance sobre a bola se for comparado com o backhand de duas mãos. Já as principais desvantagens é a falta de firmeza para devolver bolas muito rápidas, principalmente em devoluções de saque, o fato de não poder atrasar o golpe e a dificuldade em golpear bolas altas.
        Backhand com duas mãos: As principais vantagens desse estilo são a maior firmeza para rebater bolas muito rápidas, principalmente nas devoluções de saque, o auxílio da mão não dominante, ajudando principalmente a compensar quando rebater uma bola atrasada e a facilidade em golpear bolas altas. Já as principais desvantagens são a sensação de estar “preso” durante a realização do golpe por estar utilizando o braço não dominante durante a batida, certa dificuldade em golpear com slice e o menor alcance sobre a bola se for comparado com o backhand de uma mão, tendo que intensificar o trabalho de pernas para sempre estar próximo da bola.
           Como dito anteriormente, tanto o backhand com uma e duas mãos tem suas vantagens e desvantagens. Não existe um critério para a escolha de um estilo ou de outro. Penso que, o fator de maior relevância é em que estilo sente mais a vontade.
No entanto, o aluno pode seguir algumas dicas para ajudar na sua escolha. A maioria dos homens adultos escolhem o backhand com uma mão, pois quase todos sentem-se mais soltos, com o movimento mais livre durante a realização do golpe. Já as mulheres acabam tendo preferência pelo backhand de duas mãos por sentirem muito mais firmeza no momento do golpe, conseguindo gerar mais potência. Pessoas muito altas e com pouca mobilidade tem preferência pelo backhand com uma mão pela dificuldade em se movimentar pela quadra.
      Importante ressaltar que, muitos praticantes de tênis trocam de estilo com certa freqüência, não adquirindo evolução em nenhuma das formas. Procure escolher em definitivo o estilo que mais lhe agrada e acredite nele, principalmente quando estiver passando por uma fase ruim, pois é nesse momento que ocorre às mudanças de um estilo para o outro.

Bom treino,
Jefferson Cabral!


Referências

  1. 1.    Ishizaki MT, Castro M. Tênis: Aprendizagem e Treinamento. 2006

domingo, 23 de junho de 2013

Subidas pra rede, como e quando ir?

      Atualmente, o jogo de rede é um dos menos treinados pelos praticantes de tênis. O fato de grande parte dos atletas profissionais passarem a maior parte do tempo na linha de sabe durante suas partidas, faz o jogador amador ter cada vez menos referência de como ir à rede, dificultando o desenvolvimento nesse aspecto tão importante do tênis.
     Para ter um bom aproveitamento na rede, precisa-se, além de uma técnica aprimorada, uma boa chegada na rede, que denominamos de “approach”. Approach significa bola de aproximação, isto é, a bola que você vai rebater e em seguida ir para a rede. Para fazer um bom approach, é preciso saber como e quando chegar até a rede, pois a transição entre a linha de base e a rede é tão importante quanto o golpe propriamente dito.
     Primeiramente é preciso saber o momento ideal de fazer um approach. Para facilitar o entendimento é preciso dividir a quadra em três grandes partes. A 1° parte será entre a rede e um pouco antes da linha de saque, a 2° parte será entre o final da 1° parte até dois metros antes da linha de base, e a 3° parte será entre o final da 2° parte até o fim da linha de base. As bolas rebatidas pelo adversário que quicam na 3° parte são as menos recomendadas para fazer um approach. Como a bola quica com muita profundidade, se rebater a bola e tentar chegar à rede provavelmente não terão tempo de chegar nem até a linha de saque, e conseqüentemente dificultará muito a realização de algum fundamento na rede, aumentando muito a probabilidade de erro. Já as bolas que quicam na 2° parte da quadra, são recomendadas em algumas circunstâncias. É preciso ter uma boa análise da altura, efeito e velocidade da bola. Quando elas chegam com muita velocidade ou com muita altura devido ao efeito topspin, não são tão recomendadas para fazer um approach, devido a dificuldade que a bola chega. No entanto, quando a bola cair nessa área, mas com pouca velocidade e com pouco efeito, pode ser uma boa opção de subida. Já as bolas que quicam na 1° parte de quadra, essas sim, são de obrigatoriedade do jogador usá-las para fazer um approach, pois terá tempo hábil para rebater a bola e subir com tranqüilidade para finalizar o ponto se houver necessidade.
     Com esse conceito em mente, agora podemos passar para a segunda dica. Quando se realiza um approach, existe a opção de direcioná-las na cruzada ou na paralela. Antes, vale lembrar que toda vez que subir a rede, deve seguir a trajetória da bola que é rebatida, isto é, se jogar a bola na cruzada, deve seguir em direção a bola jogada na cruzada, valendo a mesma coisa para a paralela. Quando as bolas são direcionadas para a cruzada, o tempo até chegar à rede será maior, diminuindo o tempo de chegar á rede, além de abrir mais ângulo para o adversário. Já, quando as bolas são direcionadas na paralela, a chegada até a rede será mais rápida, além de fechar todo o ângulo da paralela, deixando apenas um espaço da cruzada para o adversário jogar a bola, diminuindo os ângulos da quadra. Sendo assim, pode-se concluir que, quando realizar um approach, tente utilizar as bolas na paralela, pois teoricamente, ela aumenta a probabilidade de ganhar os pontos junto a rede.
      O último ponto a ser comentado, e um dos mais importantes sobre subidas a rede, é que muitas vezes essas bases teóricas não se refletem na prática, e frequentemente elas precisam ser mudadas. Um exemplo disso são os jogadores que ficam passando bolas altas e fundas para o outro lado da quadra apenas esperando o adversário errar. Muitos deles ficam completamente vulneráveis quando seu adversário sobe a rede. Nesse sentido, mesmo quando um adversário jogar bolas fundas, pode optar em subir a rede, mesmo não estando em uma boa posição, pois o simples fato de estar lá já desestabiliza o adversário. Outro ponto importante é o fato de muitos jogadores ter o forehand muito melhor que o backhand ou vice-versa. Quando subir na rede, se for seguir a teoria, a melhor escolha é direcionar a bola na paralela, mas isso irá depender também se a bola está caindo no melhor ou pior golpe do adversário. Algumas vezes vale a pena fazer um approach na cruzada, mas direcionando para o golpe mais fraco do adversário, do que insistir em um approach na paralela, mas direcionando no melhor golpe dele.
       Isso nos leva a pensar que, mesmo com uma boa base tática, não existe receita de bolo. A leitura do jogo como um todo, desde as táticas básicas até o entendimento do adversário, são primordiais para se ter sucesso na rede.

Bom treino,
Jefferson Cabral!

Referências

1.  Treuherz RF, Cornejo A. Tênis: técnicas e táticas de jogo: preparação estratégica, mental, física, nutricional. 2006

sábado, 18 de maio de 2013

Treinando os fundamentos da rede “Empunhadura dos voleios”


     É cada vez mais freqüente a dificuldade dos praticantes de tênis em executar os golpes na rede, tanto os voleios com o smash. Com a evolução dos materiais, que fizeram aumentar drasticamente a potência nos golpes, e a melhora da capacidade física dos atletas que tornaram eles mais rápidos e fortes, fez com que o jogo se tornar-se muito mais rápido. Com isso, a dificuldade de chegar à rede ficou cada vez maior, forçando os jogadores a passar a maior parte do tempo na linha de base durante as partidas. Esse é um dos grandes motivos de se ver cada vez menos atletas irem à rede durante suas partidas.
   Com base nessa lógica, os praticantes de tênis que estão iniciando no esporte acabam vendo seus ídolos apenas baterem golpes da linha de base. Quando eles vão treinar, acabam tentando imitar seus ídolos, treinando apenas os golpes da linha de base. Isso faz com que os golpes da rede não sejam quase treinados comparados com os golpes da linha de base, limitando muito o desenvolvimento dos praticantes.
     As subidas a rede são de suma importância no aprendizado do jogador, possibilitando um leque muito grande de alternativas durante as partidas. Mas para que isso aconteça, é preciso de mais tempo para treinar os golpes na rede. Nesse artigo, falaremos sobre os voleios de direita e esquerda.
   Primeiramente precisamos dividir os fundamentos da rede, no caso os voleios, em dois momentos. Um é a transferência da linha de base até a rede, que requer um adequado posicionamento para que possa realizar um bom golpe. O outro é a mecânica do golpe propriamente dito. Nesse artigo, comentarei sobre a mecânica do golpe, em especial a empunhadura correta para a realização dos voleios.
    Para fazer os fundamentos do tênis, utilizamos diversas empunhaduras. Quando realizamos os voleios, a empunhadura mais recomendada é a continental. (Ver figura 1). A empunhadura continental é a mesma utilizada para realizar o saque, o smach e o slice.

                                                                 Figura 1.  www.uniaosh.com.br

    Um aspecto importante de se frizar é que, diferentemente dos golpes da linha de base, os voleios de direita e de esquerda são segurados com a mesma empunhadura. Não é necessário virar a empunhadura, devido a questões que comentarei a seguir.
    Pode-se pensar que a dica da empunhadura é simples e fácil de se executar, mas existe grande dificuldade dos praticantes de tênis em segurar dessa maneira. Eles passam a maior parte do tempo na linha de base, rebatendo golpes de forhand (direita) e backhand (esquerda), e praticamente todos trocam a empunhadura da direita para a esquerda e vice versa, pois a empunhadura da direita e da esquerda é diferente. Conseqüentemente, eles acabam criando um “vício bom”, sempre trocando a empunhadura para realizar os golpes da linha de base. Quando eles vão à rede, acabam virando a empunhadura sem perceber, dificultando o treinamento com a empunhadura continental. Mas, qual o motivo de não poder virar a empunhadura de um lado para o outro e porque a empunhadura continental é a mais eficiente? Primeiramente, quando você chega à rede, a distância entre você e seu adversário diminui praticamente a metade, com isso, a bola chegará muito mais rápido o jogador. Se tentar virar a empunhadura, muitas vezes não terá tempo e irá atrasar o golpe (contato bola/ raquete atrás do corpo). E já antecipando para os próximos artigos, o contato bola/raquete nos voleios é sempre a frente do corpo. Já o motivo de segurar a raquete com a empunhadura continental é que, com essa empunhadura sua raquete fica mais perpendicular ao chão, principalmente quando a raquete estiver um pouco mais longe do corpo. Se sua raquete estiver com a cabeça apontada apenas um pouco para o chão, provavelmente no momento da rebatida sua bola ficará na rede. Além disso, quando a bola estiver baixa a dificuldade será ainda maior, pois a cabeça da raquete deverá estar apontada um pouco para cima. Para compensar essa empunhadura incorreta, sem perceber você gira seu punho e antebraço, mas acaba perdendo firmeza nos golpes pelo movimento brusco do punho e antebraço, levando ao erro do golpe.
  Outro problema que ocorre com a mudança da empunhadura é a falta de firmeza no momento do contato bola/raquete. A empunhadura continental faz você trabalhar muito mais com o punho. Ele precisa estar sempre firme para que a raquete não vibre na mão e não perca completamente o controle sobre a bola. As pessoas que modificam a empunhadura, normalmente não tem os músculos da região do antebraço e punho fortes o suficiente para agüentar o impacto da bola. Isso leva um tempo, média 2 a 3 meses, para que o os músculos dessa região ganham um pouco de resistência e força muscular, para depois sim, a evolução dos voleios serem  mais notáveis.
  Não esqueça que, essas dicas são bem vindas quando praticadas. Mas, para ser praticadas, além dos treinos que o professores passam, é necessário que durante os jogos nos clubes e academias com os amigos, você tente ir à rede sempre que possível, porque, para se ter um bom voleio, você precisa, além de uma boa mecânica do golpe, uma boa chegada à rede, que será o tema do próximo artigo sobre voleios.

Bom Treino,
Jefferson Cabral!


Referências
  1. Ishizaki MT, Castro M. Tênis. Aprendizagem e treinamento. 2006


domingo, 14 de abril de 2013

A importância do reforço muscular no antebraço para jogadores de tênis de campo


        Se compararmos dados entre o número de pessoas que começam a jogar tênis e o número de desistências dessas pessoas que entraram, provavelmente teríamos um número muito pequeno de desistência. Isso consta que as pessoas perduram durante muitos anos praticando tênis. Conseqüentemente, a evolução do aluno é nítida, devido à melhora da coordenação motora, além de aumento na resistência e força muscular dos músculos trabalhados, gerando cada vez mais potência nos golpes. No entanto, conforme seus golpes vão ficando mais coordenados, rápidos e fortes, a sobrecarga sobre essa musculatura acaba aumentando progressivamente. Essa sobrecarga gera um aumento na possibilidade de inflamações nas regiões do corpo mais trabalhadas no tênis.
          Uma das áreas mais trabalhadas é o antebraço. Ele tem participação direta em todos os golpes do tênis. Uma sobrecarga dessa área, devido a um número excessivo de repetições dos golpes e por realização de movimentos incorretos, faz aumentar a possibilidade de tendinite no cotovelo, o famoso tennis-elbow, além de perda de potência nos golpes. Além disso, como o tênis de campo é um esporte unilateral, isto é, utiliza-se mais um lado do corpo que o outro, existe um desequilíbrio muscular entre os dois antebraços.
      Para prevenir essas possíveis desordens, o treinamento com pesos (treinamento resistido) deve ser realizado em conjunto com as aulas de tênis. A aderência pelo fortalecimento por parte dos jogadores é muito pequena, e quando existe algum jogador que faz fortalecimento, muitas vezes eles dão preferência para outros grupos musculares e esquecem do antebraço. Apenas 10 minutos já são suficientes para trabalhar a musculatura do antebraço. Mesmo não estando em uma academia de musculação, pode-se treinar em casa ou antes da aula de tênis. Um peso em cada mão e um pouco de vontade e dedicação, já é suficiente para você treinar.
             A seguir segue 2 exercícios básicos para trabalhar os músculos do antebraço.


                                                   personalmarcel.blogspot.com.br

       Como podemos ver, se dedicarmos 10 minutos, 2 vezes por semana para fazer esses dois exercícios, pode-se prevenir possíveis lesões decorrentes do treino, além de ganhar resistência muscular localizada. Uma sugestão de treino é realizar 3 séries de 12 a 15 repetições para cada exercício. Se não estiver em um local com pesos, use a criatividade. Pegue algum objeto com um peso coerente e faça o mesmo movimento, como se estivesse segurando a barra.
      Esses exercícios são básicos, dedicados principalmente a jogadores que não fazem nenhum tipo de fortalecimento. Se puder, procure a orientação de um profissional de educação física especializado na área e faça um treino mais completo.

Bom treino,
Jefferson Cabral!!

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Play and Stay

    Há algum tempo, esta difundido nas quadras de tênis de todo o mundo uma nova metodologia de ensino do tênis de campo para crianças. O programa denominado Play and Stay, que significa jogar e ficar, tem como principal objetivo facilitar o aprendizado das crianças através de materiais adaptados.
        As bolas utilizadas têm pouca pressão, e elas acabam ficando mais lentas e com o quick mais baixo. Isso facilita as trocas de bola durante os pontos, além de as crianças terem mais tempo para realizar os movimentos. No entanto, penso que o fator mais importante é a altura do quick da bola. Essas bolas quicam mais baixas, consequentemente as crianças rebatem bolas mais baixas, muitas delas na altura da cintura, o que aprimora muito o movimento tão lembrado pelos professores de tênis, “de baixo para cima”. Se as crianças treinassem com bolas normais, a maioria das bolas chegariam na altura da cabeça da criança, e os movimentos acabariam sendo realizados quase sempre de cima para baixo, que não é recomendado se pensarmos no padrão de movimentos dos golpes da base.
     A altura da rede e o tamanho da quadra também são adaptados. As redes são mais baixas, facilitando a passagem da bola para o outro lado. As quadras são reduzidas com demarcações, como fitas e faixas, melhorando o controle sobre a bola. Os jogos com espaço menor e rede mais baixa aumentam o número de trocas de bola, tornando os jogos mais empolgantes.
     Como podemos perceber, o grande foco dessa metodologia é estimular as crianças a participar de jogos desde o primeiro dia de aula, diferentemente da abordagem clássica, que foca na repetição para o refinamento da técnica, tornando o treino frequentemente desmotivante.
        Quando a criança chega para fazer a primeira aula, a primeira pergunta que um ela faz é: Quando vamos jogar tio? Utilizando o método Play e Stay não vamos mais precisar falar para nossos alunos, “você precisa crescer um pouco mais pra poder jogar pontos”. Ao invés disso você o incentivará a jogar desde o primeiro momento, estimulando várias qualidades em conjunto, que são as qualidades físicas, técnicas, táticas, psicológicas e sociais, acelerando o processo de aprendizagem da criança. Em apenas uma aula de tênis, podemos aprimorar vários aspectos que norteiam o jogo de tênis, dentre eles:
·         Contagem dos pontos;
·         Posicionamento em quadra;
·         Táticas básicas do jogo;
·         Tomada de decisão;
·         Fundamentos básicos;
·         Concentração.
       Com esse repertório de estímulos trabalhados em conjunto, futuramente podemos formar jogadores muito mais desenvolvidos, aumentando o número de jogadores brigando pelas primeiras posições contra os melhores jogadores do mundo
        Abaixo, o link da página da confederação brasileira de tênis que mostra os materiais utilizados de acordo com a idade das crianças:

http://cbtenis.uol.com.br/site.aspx/Tennis10s

Bom treino,
Jefferson Cabral




sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

O mundo da concentração durante as partidas de tênis


     O treinamento mental é uma das áreas de maior influência no resultado de uma partida, além de ser uma das mais difíceis de ser trabalhadas pelo jogador.
     Dentre as várias sub-áreas existentes no treinamento mental, a concentração é um dos recursos com maior importância durante uma partida.
   Quando se usa a concentração a seu favor, pelo simples gesto do jogador estar concentrado no presente, no ponto que ele esta jogando no momento, as chances de vencer uma partida aumentam muito.
     No entanto, nossa mente fica absorvida no mundo dos “se” muito facilmente, como por exemplo: E “se” eu perder esse game? “Se” o juiz não tivesse roubado a última bola ganharia o game.
       Durante um jogo, frequentemente o jogador esta concentrado no passado, reclamando do ponto que perdeu no game anterior, ou da chance que perdeu de quebrar o saque do adversário. Mal sabe ele que, pelo fato de estar reclamando dos pontos que deixou escapar, provavelmente também irá perder os próximos, pelo simples motivo de não estar concentrado no ponto que esta jogando. Fica claro que, não adianta voltar ao passado para reclamar de acontecimentos vividos, sejam eles bons ou ruins.
      De modo similar, quantas vezes você não esteve no final do primeiro set já pensando no segundo, ou aquele game que estava 40 a 0 a seu favor, mas seu pensamento já estava no game seguinte, e quando percebeu, aquele game que estava 40 a 0 foi para 40 a 40 rapidamente. Essa dispersão para o futuro faz levar muitos jogadores a viradas por estar concentrado nos pontos seguintes, sem ter ganho o principal, que é o ponto que está acontecendo no momento.
    Pode-se perceber que, conseguindo manter a concentração no presente, e focalizar a percepção no agora, o desempenho durante os jogos serão consideravelmente melhores. Através do treinamento da concentração, esses objetivos podem ser alcançados em pouco tempo. Pense sempre no presente, ponto a ponto. Esqueça o que aconteceu ou o que você acha que vai acontecer durante o jogo e jogue cada ponto como se fosse o último.

Bom treino,
Jefferson Cabral.


Referências

1.    Gallwey WT; O jogo interior de tênis; 1996